Somos
salvos pela graça (Ef 2:8;9), mantidos e fortalecidos pelo Senhor
(Judas 1; II Tess 3:3). Não há nada
que possamos acrescentar para completar o trabalho de Cristo (Heb 10:12). Entretanto, de acordo com o apóstolo
Pedro, existem algumas responsabilidades cristãs básicas debaixo do
guarda-chuva da graça de Deus, o que não é o mesmo que estar
adicionando obras a graça, ou fazendo a salvação pela fé e obras,
ou negando o trabalho infinito de Cristo, como alguns falsamente acusariam. De outra forma, Pedro estaria em erro e
ensinando engano ao falar para os cristãos praticarem o bem ou se portarem de
acordo com algumas das passagens mencionadas anteriormente e, ao final de sua
carta, dizer que esta é a verdadeira graça de Deus na qual os cristãos
deveriam permanecer firmes.
Aparentemente, Pedro tinha um entendimento amplamente
diferente do que muitos hoje em dia possuem! Enfatizando, Pedro escreveu que sua
mensagem é a verdadeira graça de Deus, em contraposição a todos os outros
que possam tentar clamar o mesmo.
Caro leitor, responda, por favor, esta pergunta para si próprio: Por acaso você está permanecendo firme
no tipo de graça de Pedro – a verdadeira graça de Deus, ou em alguma
falsificação sob o nome de graça?
Agora estamos
realmente entrando em uma questão relevante de nossos dias – imoralidade
sexual! Porém, mais do que apenas
relevante, ao responder esta pergunta nós podemos distinguir a verdadeira
graça daquela que é um pretexto para a libertinagem (Judas 4). Por acaso o verdadeiro ensino da
graça (e os verdadeiros professores da graça) consideram aceitável que os
sexualmente imorais entrem no céu?
As citações
abaixo são o que os mestres da doutrina “uma vez salvo, salvo para
sempre” tem pregado para o mundo com relação a este
tópico:
Bob George:
E como
Paulo disse, “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas
convêm.” Portanto, por acaso é
permissível a fornicação?
Sim. Acaso
convêm? Não.
Charles
Stanley:
Não é
mentir, trair, roubar, estuprar, matar, ou ser infiel que envia alguém para o
inferno.
Tampouco
nos tornamos não salvos por agir como não salvos.
John
MacArthur:
Bem,
alguém pode dizer, mas cristãos colocando-se fora da graça de Deus? E quanto àqueles que cometem pecados
abomináveis? Por acaso não estão
anulando o trabalho de redenção neles próprios? Não estão eles renegando, perdendo por
negligência o amor de Deus?
Certamente
que não… é absurdo pensar que podemos renegá-la (a salvação), perdê-la por
negligência devido a qualquer coisa que façamos.
Ministro John
MacArthur's:
Em
segundo lugar, você perguntou sobre pecados sexuais ocasionais ou
bebedeiras. Novamente afirmo
que estes pecados não fazem um verdadeiro crente perder a sua
salvação.
John
Ankerberg:
Mas
cristãos podem chegar a perder recompensas no céu. Acrescentando, nós só podemos imaginar o
que alguns cristãos sentirão e experimentarão naquele dia quando perderem
aqueles galardões celestiais por causa da inércia espiritual e outras
conseqüências da fornicação ou adultério enquanto aqui na
terra? Certamente será uma troca
infinitamente inferior – perder recompensas no céu por uns poucos momentos
efêmeros de prazer sexual na terra.
Zane Hodges:
Paulo
não diz,
como alguns professores autoritários tão freqüentemente o fazem, que seus
leitores devem questionar a sua salvação se vierem a tornar-se envolvidos em
impureza sexual.
… não
há mais covardes, não mais idólatras, não mais mentirosos – exceto aqueles que
foram destinados ao lago de fogo!
Mas e quanto a aqueles cristãos nascidos de novo que praticaram estas
coisas? Para ser mais
específico, e quanto a Salomão que terminou a sua vida em apostasia e idolatria
(I Reis 11:1-10)? A resposta é que
eles todos estarão na presença de Deus como cidadãos do mundo eterno. E qualquer que tenham sido seus defeitos
aqui na terra, terão desaparecido.
Se foram mentirosos, não mais o serão. Se idólatras, não mais idólatras
serão. Agora tornaram-se imortais e
sem pecado. Estão conformados a
imagem do Filho de Deus. Como
chegaram eles a esta posição?
Pela graça de Deus.
Chuck
Swindoll:
Você
percebe o escândalo que eu estou declarando? Se receber total autoridade, a nossa
carne acabará exatamente como a daqueles que sequer nasceram de novo. Isto explica como um cristão pode roubar
e mentir. Isto explica como que
um cristão pode carecer de integridade e cometer adultério e ir
contra as mesmas coisas que ele(a) uma vez apregoou.
Donald Cole:
Expectador
ao telefone: Certo, senhor. Mas
algumas pessoas estão dizendo para os meus filhos “uma vez salvo, salvo para
sempre”. E eu estou tentando
fazer o meu filho perceber que o seu pai está vivendo em pecado e enquanto
ele não se arrepender, ele não estará no caminho para o céu.
Donald
Cole: Bem, se ele era um crente genuíno antes de ir viver com essa outra
mulher, então ele está certamente indo para o céu e nunca sairá da estrada que
leva ao céu.
Hal Lindsey:
Bem,
não há como não dizer que não haverão aqueles que nos condenarão e nos acusarão
de ter “decaído da graça de Deus” por causa de algum comportamento que
eles considerem errado, e talvez, realmente seja errado. Mas nada, nem mesmo mal
comportamento, pode jamais fazer Deus condenar um de Seus filhos
novamente.
Dave Hunt:
Salvação
é o completo perdão pela graça da pena por todo pecado, passado, presente
ou futuro;...
O
homem que vivia com a “mulher de seu pai” – um pecado terrível – não perdeu a
salvação por causa disso...
John R. Rice:
Davi
cometeu os pecados de assassinato e adultério. Nós temos naturalmente que condenar
estes pecados. Eles são coisas
muito ruins. Mas os pecados de Davi
estavam debaixo do sangue de Cristo, e no qüinquagésimo quinto Salmo, a oração
de Davi mostra que ele não perdeu a sua salvação, mas a alegria da
salvação.
J. Vernon
McGee:
Pergunta: Eu achei que havia nascido de novo
quando tinha quinze anos. Eu me
sentia alegre e seguro em Cristo.
Mas depois de um tempo, o pecado voltou a aparecer e eu regredi. Três casamentos, adultérios, mentiras,
bebedeiras. Por acaso eu era de
fato nascido de novo? O que devo
fazer agora?
Resposta:
… O simples fato de que você está transtornado por causa dessas coisas indica
para mim que quando você diz que era nascido de novo aos quinze anos, você
estava sendo preciso.
Erwin W.
Lutzer:
Recentemente
eu falei com um homossexual que acreditava ter aceito Cristo na idade de
vinte anos, para depois mergulhar em uma vida de devassidão moral... Quer ele fosse ou não um filho de Deus
durante aqueles dias de negligente carnalidade (quem pode saber ao certo?), ele
teve o relacionamento com seu pai interrompido.
Charles Ryrie:
…
pecado não nos faz perder a salvação.
William
Pettingill:
Se um
santo pecador se recusar a confessar o seu pecado, então Deus deverá
lidar com ele. Em I Coríntios 5
há uma estância deste tipo.
Robert Morey:
A
eterna segurança do crente nasce da necessidade de uma
expiação...
O fato
dos santos não decaírem da graça ou em pecado, em última instância, não
significa que cristãos não caiam em pecado muitas vezes em suas vidas. Abraão mentiu, Davi cometeu
adultério e assassinato e Pedro negou ao
Senhor!
Em contraposição
a todos os professores da doutrina “uma vez salvo, salvo para sempre”, as
citações a seguir do Senhor Jesus, do Apóstolo Paulo, de Judas e de Deus
propriamente dito devem ser consideradas para se chegar a verdadeira
graça. Estes comunicadores
bíblicos foram os mestres iniciais da graça e as mais altas autoridades nas
quais alguém pode se basear (II Tim 3:16;17)! É o ensino deles que deve ser estudado e
ser alvo de meditação para se saber se a verdadeira graça permite que pessoas
sexualmente imorais entrem no céu ou não.
O Senhor Jesus
propriamente dito:
Pois é
do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as
prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, a cobiça,
as maldades, o dolo, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a
insensatez; todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o
homem. (Mc
7:21-23)
Ficarão
de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os
idólatras, e todo o que ama e pratica a mentira. (Apo 22:15)
A palavra de
fora em Apo 22:15 refere-se a ficar de fora da Nova Jerusalém. Isto é outra forma de dizer no lago de
fogo, uma vez que só há dois destinos eternos.
O Apóstolo
Paulo:
Não
sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos
enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem
os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os
bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de
Deus. (I Cor
6:9;10)
Ora,
as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a
impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as
contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, as
invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as
quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas
praticam não herdarão o reino de Deus.
(Gal 5:19-21)
Porque
bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o
qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs;
porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto não sejais participantes com
eles; (Ef
5:5-7)
Judas:
assim
como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se
prostituído como aqueles anjos, e ido após outra carne, foram postas como
exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno. (Judas 7)
O Deus
Soberano de seu trono:
Mas,
quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos
adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a
sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda
morte. (Apo
21:8)
Enquanto que os
professores populares da graça previamente citados (e muitos outros não
mencionados aqui) dizem que graça permite a entrada de pessoas
sexualmente imorais no céu, os verdadeiros professores da graça da Bíblia
categoricamente afirmam não as mesmas exatas questões! Isso cria duas respostas
completamente opostas as mesmas questões, o que fala enormemente da incrível,
criticável e irreconciliável diferença entre a mensagem popular da graça
hoje em dia e a verdadeira graça ensinada na Bíblia.
Todas
estas passagens são claras em transmitir a verdade de Deus quanto aos
sexualmente imorais (e outros semelhantes) não entrarem no reino, a não ser que
se arrependam.
Observe especialmente Apo 21:8. Lá nós observamos que o Pai amoroso não
disse que os sexualmente imorais se algum dia tivessem sido salvos poderiam
entrar no seu reino, chegando apenas a perder os seus galardões! Tampouco ele disse que as pessoas que
uma vez creram, mas posteriormente vieram a se tornar sexualmente imorais ainda
poderiam entrar no reino baseados na obra de Jesus na cruz. Ele disse que eles todos irão para o
lago de fogo! Isso significa
que a única esperança que as pessoas que são sexualmente imorais tem, mesmo se
tiverem sido previamente salvas é se arrependerem de tal ou então serão
lançadas no lago de fogo. Isso é
consistentemente ensinado desde os evangelhos até o Apocalipse. Isso é o que Deus quer que a humanidade
saiba a cerca da imoralidade sexual.
Não cometa erros
quanto a isso, há duas mensagens da graça disponíveis para se escolher, assim
como já havia no primeiro século do Cristianismo. Mas só uma enfatiza vida de santidade e
persistência em fazer o bem a ponto de serem estes pré-requisitos para se ver
ao Senhor e receber vida eterna:
Segui
a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor, (Heb 12:14)
a
saber: a vida eterna aos que, com perseverança em favor o bem,
procuram glória, e honra e incorrupção; (Rom 2:7)
Ainda mais, Paulo
escreveu a cerca da verdadeira graça:
Porque
a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens,
ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas,
vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente, (Titus 2:11;12)
Porque
a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que em santidade
e sinceridade de Deus, não em sabedoria carnal, mas na graça de Deus,
temos vivido no mundo, e mormente em relação a vós. (II Cor 1:12)
Por favor,
observe que viver de acordo com a graça de Deus é viver em santidade e
sinceridade! Caro leitor, faça a
escolha certa quanto a graça de Deus que de fato traz salvação. Trata-se não somente da sua escolha, mas
da sua eternidade. Este é um
assunto no qual você e seus amados não podem se dar ao luxo de estarem
errados!
Uma das mensagens
da graça não aceita a idéia de você se segurar, se esforçar, se
manter ou buscar se fortalecer.
Além disso, esta mesma mensagem da graça, baseada no ensino “uma vez
salvo, salvo para sempre”, acha aceitável a idéia de imoralidade sexual,
bebedeira, ganância, etc. no céu, se a pessoa já tiver tido um momento passado
de verdadeira fé. A conclusão final
do “uma vez salvo, salvo para sempre” é:
Tanto
cristãos quanto não cristãos podem ser adikoi
(ímpios).
Alguns mestres da
doutrina “uma vez salvo, salvo para sempre” dizem que todos os pecados –
passados, presentes e futuros – foram perdoados no momento da salvação,
conseqüentemente removendo a necessidade de perdão para outros, ou seja, de se
confessar diante de Deus e se arrepender para receber subseqüente perdão e
purificação depois da salvação inicial.
Em contraste, a graça bíblica ensina exatamente o oposto como é
provado em outra parte deste livro.
O
que os professores da doutrina “uma vez salvo, salvo para sempre” estão
ensinando sobre o pecado da imoralidade sexual está tão longe da verdade de Deus
quanto o lago de fogo está do reino dos céus! Por favor, pondere sobre esta afirmação e as
conseqüências de se estar errado a este respeito.
Somos salvos pela graça, mas é possível para um cristão debaixo da
graça perder a sua herança no reino de Deus (Gal 5:21), negar a Cristo
(Mt 10:33), ter sua parte na Nova Jerusalém removida (Apo 22:19) e,
morrer espiritualmente, se este escolher viver de acordo com a natureza
pecadora (Rom 8:13) como foi exemplificado com o Filho Pródigo que se tornou
espiritualmente morto e perdido (Lc 15:24;32).
Do
mesmo jeito, a mesma pessoa que nos ensinou a verdade a respeito da graça como
foi citada em Ef 2: 8;9 e Rom 11:6, também reportou que cristãos poderiam
decair da graça chegando ao ponto em que Cristo seria de nenhum valor
para eles (Gal 5:2-4). Isso que foi
dito, como um todo é a verdadeira graça de Deus, de acordo com Paulo. Declarar algo diferente disso é
colocar-se do lado da mensagem da graça falsificada, que continua sendo a mesma
licença para a imoralidade que era nos dias de Judas.
De acordo com
alguns, um verdadeiro crente em Cristo automaticamente agrada a
Deus:
Tudo o
que temos que fazer é agradar a Deus.
E o que podemos fazer para agradar a Ele? Apenas crer n’Ele e confiar
n’Ele. Nós não conseguimos
agradar a Deus nem com todas as nossas obras e atividades fervorosas. Nós agradamos a Deus quando cremos n’Ele
e confiamos n’Ele. Este é o
evangelho da graça.
Agradar a Deus
segundo está na moda dizer é também parte do evangelho da graça, na forma
como este vem sendo apresentado a nós em nossos dias. Em contrapartida, segundo as escrituras,
agradar a Deus não é algo que aconteça automaticamente com um crente.
Pelo
que também nos esforçamos para ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer
ausentes. (II Cor
5:9)
Aqui nós
aprendemos qual era o alvo de Paulo, que ele ensinou em seguida. Este alvo era agradar a Deus, portanto,
não vinha automaticamente para aqueles que crêem n’Ele e confiam
n’Ele. Isso nós concluímos
porque Paulo estava esforçando-se para fazer isso. Em parte, Paulo se esforçava para
agradar a Deus através das coisas que ele pregava ou ensinava.
mas,
assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado,
assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos
corações. (I Tess
2:4)
Em outras
passagens nós aprendemos que os ensinamentos de Paulo exaltavam o único e
verdadeiro evangelho. Por fazer
isso, ele não estava buscando agradar aos homens, mas a
Deus.
Mas,
ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que
já vos pregamos, seja anátema. Como
antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro
evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Pois busco eu agora o favor dos
homens, ou o favor de Deus? ou procuro agradar aos homens? se estivesse ainda
agradando aos homens, não seria servo de Cristo. (Gal 1:8-10)
Além do
evangelho, os ensinamentos de Paulo para os cristãos incluíam como que eles
deveriam fazer para agradar a Deus pela forma como viviam. Ele ensinou que aqueles que são controlados pelo
pecado não conseguirão agradar a Deus (Rom 8:8) e que vida em santidade não
permite imoralidade sexual:
Finalmente,
irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como aprendestes de nós
de que maneira deveis andar e agradar a Deus, assim como estais fazendo,
nisso mesmo abundeis cada vez mais.
Pois vós sabeis que preceitos vos temos dado pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a
saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um
de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, (I Tess
4:1-4)
Ele também
ensinou:
Mas,
se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam eles primeiro a exercer piedade
para com a sua própria família, e a recompensar seus progenitores; porque
isto é agradável a Deus. (I
Tim 5:4)
Porque
quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no
Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. (Gal 6:8)
Seus outros
ensinamentos também mostram que agradar a Deus não vem automaticamente aos
cristãos:
Nenhum
soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar
àquele que o alistou para a guerra.
(II Tim 2:4)
Pois
quero que estejais livres de cuidado. Quem não é casado cuida das coisas do
Senhor, em como há de agradar ao Senhor, (I Cor 7:32)
Paulo chegou a
orar que os cristãos agradassem a Deus de todas as formas:
para
que possais andar de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo,
frutificando em toda boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus, (Col 1:10)
A maneira como
vivemos depois que cremos em Jesus faz sim diferença quanto a agradarmos ou não
a Deus, apesar do que temos sido apresentados hoje a cerca deste assunto,
debaixo do pretexto da graça.
Outro aspecto em
que evangelho da graça atual gira em torno é o entendimento a respeito da
justiça imputada, conforme vemos a seguir:
Este é
o segundo aspecto do evangelho da graça. Primeiro, que todos os seus pecados foram
removidos e perdoados devido a sua fé em Jesus Cristo. Segundo, que Deus olha para você como
sendo um justo por você ter crido em Jesus Cristo. Independentemente do que você está
fazendo ou não, independentemente de manter qualquer código de ética, Deus
está imputando justiça em sua conta porque você crê em Jesus
Cristo.
Este ensino
negligencia a capacidade contaminadora e perversora do pecado mesmo na vida de
um crente. Embora seja certamente
verdade que temos uma justiça imputada diante de Deus através de nossa fé em
Cristo, esta justiça pode ser destruída pelo pecado (Tiago 4:4, Gal 5:19-21,
6:8, etc.).
Surpreendentemente, as pessoas no Antigo Testamento
recebiam justiça imputada exatamente como nós hoje em dia debaixo da nova
aliança! Exemplos disso foram
Abraão (Gen 15:6 cf. Rom 4:3, Gal 3:6, Tiago 2:23) e Noé (Heb 11:7). Davi também ensinou sobre a justiça
imputada na sua época, o Antigo Testamento (Salmos 32:1;2 cf. Rom 4:6-8). Apesar de tudo isso, lemos em Eze
33:12;13:
... A
justiça do justo não o livrará no dia da sua transgressão; e, quanto à impiedade
do ímpio, por ela não cairá ele no dia em que se converter da sua impiedade; nem
o justo pela justiça poderá viver no dia em que pecar. Quando eu disser ao justo que
certamente viverá, e ele, confiando na sua justiça, praticar iniqüidade, nenhuma
das suas obras de justiça será lembrada; mas na sua iniqüidade, que praticou,
nessa morrerá.
Por que então
pessoas que estão debaixo do Novo Testamento pensam que graças à justiça
imputada ser a nossa justiça em Cristo (Rom 3:22; 9:30-104;Gal 2:16; Fil 3:9,
etc.), que elas tem o direito de posteriormente escolherem o mal e/ou um plano
de salvação errado e, mesmo assim não serem espiritualmente afetadas a um grau
letal? Claramente, isso não é
fato! (Veja Apo 21:8, I Jo 2:24;25,
etc.)
Sem dúvida
alguma, justiça imputada, de acordo com o canon do Novo Testamento, não
significa que o recipiente possa depois viver de acordo com a natureza pecadora
sem vir a morrer (Rom 8:13) ou, que possa semear para a carne e não colher
destruição (Gal 6:8)! Além disso,
Paulo escreveu que podemos, por vir a aceitar um plano errado da salvação,
decair da graça e sermos separados de Cristo a ponto de que Ele não mais seja de
nenhum proveito para nós (Gal 5:3;4)! Paulo,
que freqüentemente escreveu sobre justiça imputada em Cristo, também nos deu
essas passagens bíblicas sem contradizer a si mesmo nem sua mensagem da
graça!
Finalmente, de
posse de todos os dados supracitados a cerca da graça, deve ter ficado óbvio que
os proponentes do ensino “uma vez salvo, salvo para sempre” mal interpretaram a
afirmação de Paulo: Permaneceremos no pecado, para que abunde a
graça?
Vamos considerar
o contexto deste versículo:
Que
diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça? De modo nenhum. Nós, que já morremos
para o pecado, como viveremos ainda nele?
(Rom 6:1;2)
Por favor,
observe que Paulo dá a sua resposta para esta pergunta a cerca de pecar para que
a graça abunde. Sua resposta é
clara e definitiva: De modo
nenhum (ou Não)!
Parece que a pergunta citada em Rom 6:1 foi um
argumento usado pelos oponentes de Paulo, uma vez que o que está implícito na
pergunta é o oposto da resposta de Paulo (v.2) e de seu ensino em geral a
respeito da graça (Titus 2:12, I Cor 6:9;10, etc.).
Como é possível
alguns se referirem a Romanos 6:1 como suporte para que o evangelho da graça
segundo o ensino “uma vez salvo,
salvo para sempre” venha a aceitar que imorais entrem no céu? Isso é inacreditável, mas no entanto tem
sido feito e reflete uma mal interpretação grosseira do texto:
Então
ao irmos ao primeiro capítulo de Romanos 6, o que podemos dizer então, devemos
continuar pecando para que a graça abunde?
Lloyd Jones diz, se as pessoas não acusarem você como Paulo os
antecipou acusando ele lá de pregar licença para a imoralidade por causa da
clareza de proclamar o evangelho, você não proclamou o evangelho suficientemente
claro ainda.
É
possível que alguns queiram argumentar, “Vamos continuar em pecado para que a
graça abunde.” O Apóstolo Paulo foi
criticado por esta mesma coisa (Rom 6:1).
Qualquer doutrina da graça que não possa ser mal interpretada não é a
doutrina da graça bíblica.
Paulo certamente
não estava antecipando a acusação que as pessoas fariam a ele de pregar licença
para a imoralidade! Libertinagem
foi na verdade a falsa mensagem da graça que os cristãos primitivos tiveram que
enfrentar (Judas 3;4), incluindo Paulo (Ef 5:5-7). Paulo repetidamente ensinou a extrema
importância de uma vida santa por amor de nossa salvação (I Cor 6:9;10,
Gal 5:19-21, I Tes 4:7;8). Outra
vez lembro que a sua mensagem da graça, que certamente não tem nenhuma licença
para a libertinagem implícita, está concisamente colocada em Titus
2:11;12:
Porque
a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens,
ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas,
vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente, (Titus 2:11;12)
Um outro
proponente do ensino “uma vez salvo, salvo para sempre” afirmou
semelhantemente:
O
pecado não interrompe o fluir da graça divina nem remove as dádivas passadas da
graça; na verdade, é o pecado que estimula a graça. É por causa do pecado que a graça é
manifesta. “Mas onde abundou o
pecado, superabundou a graça de Deus.”
(Rom 5:20)
Com toda a
certeza, Paulo ensinou os cristãos de que se semearem na carne, colherão
destruição em oposição à vida eterna (Gal 6:8). Afirmo mais uma vez que os mestres do
ensino “uma vez salvo, salvo para sempre”, apesar de populares, estão ensinando
algo a cerca do pecado e da graça que não tem base bíblica! A pergunta permanece: em qual mensagem
da graça você vai crer?
Um aspecto final
da graça tem que ser mencionado.
Por acaso a graça de Deus previne cristãos de decaírem da graça? W. Boyd Hunt acha que
sim:
A
teologia cristã afirma que apesar de hipoteticamente o homem poder cair da
graça, uma vez que ele permanece liberto sendo um cristão, na prática a graça de
Deus previne isso. Uma fé
bíblica bem embasada é confiante de que a fidelidade de Deus prevalece sobre a
nossa infidelidade.
Negar a Cristo é
o mesmo que se tornar infiel (II
Tim 2:12;13). Esta verdade somada
ao que aconteceu com os primeiros apóstolos, ou seja, eles todos caíram na mesma
noite, refuta o ensinamento de W. Boyd Hunt quanto a nossa
fidelidade:
Então
Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis de mim; pois
está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se
dispersarão. (Mat
26:31)
As escrituras
claramente provam que cair não é meramente hipotético, como alguns defensores da
doutrina “uma vez salvo, salvo para sempre” alegam.
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